Amanhecer de domingo e o centro é novo sob pés que retornam às casas, direção contrária a do sentimento. O olhar fotografa os letreiros, lê as letrinhas minimas nas paradas de ônibus seletivas. Comentam o dentista, o assobio, o batuque da Bahia. O pensamento faz o caminho de volta e, pelas ruas, praças e avenidas, repara no cansaço da cidade após a semana, relembra a barraquinha da esquina com pão, ovo e tapioca para o café da manhã, as escadarias agregadoras do teatro fechado, um tambor solitário e alguém do outro lado da rua estudando novos ângulos. E o ontem, tão vivo de cores e sentidos, ainda transforma.
Desamanhece em cada pedacinho de nós.
1 comment:
gostei muito da última frase
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