Friday, March 11, 2011

Refazenda.

Quando eu era pequena amava tanto a chuva que sempre a trazia pra dentro de casa. Primeiro nos pés e roupas molhadas, depois nas janelas do quarto transgressoramente abertas. Um dia conheci as palavras, e a chuva veio chover nos meus primeiros versos.
Agora gripamos feito crianças, dessas que precisam de mil cuidados. Mil carinhos pra que o tempo e a chuva passem logo, que voltem as cores do céu, e que eu reencontre um pôr-do-sol pequeno, mas muito bonito, entre os pedaços de concreto que me invadem da janela. E tem chovido tanto que chego a esquecer como é bonito em sons, cores, sensações, sentimentos, significados e imensidões todo esse temporal lá fora e dentro de mim.

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