Existiu um tempo em que quis muito saber dançar pra receber música com cada pequena parte do meu corpo. Procurava em vão movimentos que me habitassem por completo em obediência fiel a cada novo som.
Às vezes ainda procuro, pelas noites, pelas antigas canções.
Mas há dias em que apenas sinto, sinto uma música que é mais sentimento que gesto, que me faz esquecer o mundo e o tempo ao ponto de, aqui ou aculá, um olhar desperto, um violino, um all star surpreender dancinhas muito minhas. Desajeitadas, descompassadas e, ainda assim, imensamente alegres.
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